segunda-feira, 7 de setembro de 2015

14a Jornada de Agroecologia do Paraná é realizada em Irati-PR

De 22 a 25 de julho, foi realizada em Irati a 14ª Jornada de Agroecologia. O Núcleo de Estudo e Agroecologia de Irati (NEAI) foi um dos mais de trinta parceiros do evento, que teve a participação de cerca de 4.000 pessoas e objetivou debater propostas de desenvolvimento socioambiental integrando campo e cidade, sendo a educação um dos seus principais pilares.
                                                    Oficina realizada pelo projeto do Núcleo de Estudos em Agroecologia.
Os participantes da Jornada puderam participar de oficinas de trocas de experiências em agroecologia, seminários temáticos, da marcha pela agroecologia, conferências e depoimentos relacionados à esta temática. Frei Betto explanou sobre “Elementos filosóficos para a construção de uma sociedade socialmente justa, igualitária, culturalmente diversa e ecologicamente sustentável”, e João Pedro Stedile falou sobre “Análise do Movimento do Capital na agricultura e suas consequências”.
Sobre a educação do campo e a formação técnica em agroecologia, Stedile destacou que são dois temas complementares. A educação do campo também é fruto dos movimentos sociais, que geraram um debate em torno da necessidade de uma pedagogia específica para a população que mora no campo, sendo chamada de pedagogia da terra. “Uma coisa é eu ensinar matemática para o jovem contando os andares de um edifício, e outra coisa é ensinar matemática para um jovem contando ovos de galinha. As realidades são diferentes. Mesmo que a matemática seja uma ciência universal, a forma que você aplica um conhecimento é diversa”, disse. 
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias e outras autoridades do estado do Paraná, como representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, e do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia – CPRA estiveram presentes no ato político do evento.


O resultado da Jornada está sistematizado na 14ª Carta da Jornada de Agroecologia, que reafirma o compromisso dos participantes com a agroecologia e assim dar continuidade a luta por uma terra livre de latifúndios, sem transgênicos e sem agrotóxicos, e pela construção de um Projeto Popular e Soberano para a Agricultura.

                                                                                                                                                            Texto de Gabriela Meira Maia